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A LENDA - clique na imagem e faça um tour pela gloriosa história do Botafogo

17 de out. de 2015

LIDERANÇA MANTIDA

Botafogo 4x0 Bragantino

Com 1 jogo a menos, time
amplia a liderança hoje e ainda 
brinda a galera com uma grande goleada


Meninos (amigos) eu vi!

Foi 4x0

E chegamos a 100 gols no ano



Que belo jogo fizemos hoje.

Até assustava um pouco ir a campo com esta meiuca sem o Daniel ou o Elvis, com Otávio e Tomas saindo de titulares. E como era de se esperar, foi um time querendo jogar bola e dois atletas totalmente fora do contexto: Tomas e Otávio. Um Neilton hoje em grande tarde acabou por cruzar uma bola para o Navarro, em bela feitura, abrir o placar, ali pelos 18 minutos, mas foi quase só isso. Ainda conseguimos algumas boas jogadas pela empolgação do gol mas quem terminou o primeiro tempo melhor foram eles. São Navarro e a bela partida do Neilton, mais um sóbrio William Arão foram quem nos salvaram do empate e nos fizeram ir para o intervalo em vantagem. E, claro, palmas para o belo jogo coletivo na hora do gol, desde a roubada do 'barba' até à conclusão do Navarro.

No fechamento da postagem anterior, aquela do desabafo sobre a 'questão Jefferson', Alexandre comentou dizendo que era sangue nos olhos e hoje, conversando com o Henrique pelo w-zapp, falei justamente isto (sem ler o comentário do amigo): que para mim, Jeff iria voltar para a série A atuando com a faca entre os dentes. Pois foi o que ele começou a fazer já neste jogo, na segunda etapa, com uma defesa espetacular em cabeçada à queima-roupa. Neste tempo do jogo, apesar de jogarmos relativamente organizados, nomes como Otávio davam o tom do desequilíbrio técnico, por vezes, perdendo bolas que poderiam até resultar em jogadas de perigo contra o gol do Jefferson.

Não sem razão, Ricargo Gomes colocou o Daniel Carvalho no lugar do garoto aos 14 minutos.

Não por acaso, o segundo gol saiu logo depois, quando uma bola foi colocada para escanteio após bela triangulação com participação do Daniel.

O time não estava mal hoje. O que atrapalhava era o mau estado técnico do Otávio e do Tomas e assim, depois deste gol, o time ficou tão tranquilo que, de contraataque em contraataque, chegamos ao terceiro gol logo aos 23 minutos, numa jogadaça triangulada pelo ataque com uma belíssima conclusão do W. Arão. Tomas ainda saiu aos 28 minutos para dar lugar ao Diego Jardel (para mim, 6 por meia dúzia) e o que tivemos a lamentar foi a contusão do Daniel Carvalho, aos 36 minutos, que acabou o tirando do jogo (Elvis entrou em seu lugar).

Uma coisa me intrigou hoje ao observar o comportamento do nosso conjunto hoje. Pela forma como alguns dos principais atletas passaram a atuar após o terceiro gol, ficou em mim a impressão de que o time levava várias das partidas em banho maria, achando que poderia ganhar quando quisesse e assim, com o crescimento dos adversários, por vezes, perdia-se as rédeas do jogo e em algumas ocasiões, até o próprio jogo. Após o terceiro gol de hoje, o time adversário passou a jogar na nossa área e nem contraataques tivemos mais.

O melhor jogador nesta partida foi, sem dúvida, William Arão, com sobras. Dividamos esta medalha de ouro com o 'Canhões de Navarrone' pelos dois gols e, claro, pela felicidade de termos achado um nove legítimo meio sem querer. Habemus homem de área. A sua bola na trave aos 43 minutos foi uma pintura, jogada que merecia o gol. Bom que Neilton o vingou, marcando o quarto gol logo a seguir.

E ficou nisso. O Ceará, nosso próximo adversário e que vem a ser um dos piores times da competição, acaba de tomar uma sapecada do Criciúma lá em Santa Catarina. Se aquela minha dúvida sobre levarmos jogos em banho maria não se confirmar, podemos ter aí uma goleada histórica. É esperar e conferir.

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14 de out. de 2015

SOMOS TODOS JEFFERSON

MARCOS PARET




MANIFESTO


SOMOS TODOS JEFFERSON


Jefferson foi barrado em 1912 (ou desde lá).

Naquele ano, o time/clube abandonou a liga principal do futebol carioca em repúdio à suspensão do Alberto de Lamare (este brigou com o Gabriel Carvalho do América no jogo de 1911). Solidário com o seu atleta e com as suas razões, o clube abandonou a Liga principal e passou um ano jogando a Liga secundária (não era acesso, era outra competição).

O Botafogo então já houvera patrocinado a primeira revolução no nosso futebol. Os outros clubes jogavam com jogadores mais velhos, ninguém sabia como trazer os garotos para o time principal: o Botafogo soube, trouxe a meninada e brilhou em 1910. Todos nos copiaram a partir dali mas a inveja, que já vinha lá dos tempos do Remo no século anterior (somos campeões de 3 séculos – únicos no país), veio a reboque.

Levamos um bom tempo até nos reerguermos e quando o fizemos, nos transformamos NO futebol brasileiro. Mandamos nos anos 30 a ponto de não só conquistarmos o tetra (o quarto título, em 1935, reuniu todos os clubes do Rio), como também servirmos de espelho para que um clube do nordeste copiasse, desde o nosso nome ao uniforme e até o estatuto. Mudaram, depois, traços do uniforme nos anos 70 para evitar a comparação excessiva.

Nestes mesmos anos 30 veio mais uma revolução. Fomos A seleção brasileira na Copa de 1934, na Itália. Com a briga da Confederação Brasileira com clubes e Federações estaduais, a entidade decidiu que o país não iria à Copa MAS O BOTAFOGO DISCORDOU.

Para pinçar matérias sobre a epopeia alvinegra de além mar, fui buscar publicações mas, incrível, citam a briga das entidades, Carlito Rocha mas nada de falarem o óbvio: quando a entidade antecessora da CBF desistiu de levar o país à Copa da Itália, O BOTAFOGO FOI CONTRA E DECIDIU QUE O PAÍS IRIA À COPA. A viagem de navio muito longa tirou a forma física dos atletas e fez com que fôssemos eliminados de cara mas SEM O BOTAFOGO, NÃO SERÍAMOS O ÚNICO PAÍS PRESENTE EM TODAS AS COPAS DO MUNDO.

Voltamos e fomos atravessar mais um período inglório, somente aliviado (em parte) pelo título de 1948.

Veio a década de 50 e o famoso complexo de viralatas. Com suas participações apenas figurativas em torneios internacionais, mais a perda da Copa de 50 e uma eliminação traumática em 54, na Suíça, o nosso time passou a ser considerado ‘aquele que jogava com beleza mas sem qualquer objetividade’. No país, ninguém queria saber de sair do seu casulo, todos estavam satisfeitos com seus títulos (por muitas vezes estranhos, contestáveis – vem dessa época o tapetão), mas o Botafogo queria mais.

Em 1956 o clube foi às compras. Depois de trazer do Atlético-MG o ótimo atacante Paulo Valentim, tendo à frente o ainda dirigente João Saldanha, fomos às Laranjeiras e de lá não saímos sem o passe da futura lenda do futebol mundial: Didi. Era empolgante como o Saldanha contava um lance bem engraçado da saga para se tirar o ainda obscuro (em matéria de fama) meio campista do Fluminense. Segundo João, com todo o dinheiro já entregue, um dirigente tricolor reclamou que faltava um valor, uma coisa irrisória para o montante envolvido (algo como uma moeda de R$0,50 neste 2015). Nas palavras do Saldanha, o dirigente tricolor recebeu a mala com o dinheiro, contou e depois rosnou "o passe do jogador é tantos mil, não sei quantos Cruzeiros e cinquenta centavos e faltam os cinquenta centavos". Um dos nossos diretores então fez correr sobre a mesa a dita moeda e o Didi saiu do ostracismo para a glória.

Em 1957, com Saldanha como técnico, vencemos a final das finais, sapecando 6x2 do Fluminense, até então o time a ser batido. O título carioca de 1957 ficou conhecido como supercampeonato, pela forma de disputa. Saímos dali para fazer a história do país nas copas de 58 e 62, (nesta última, com 5 titulares absolutos entre os bi-campeões). O Botafogo foi protagonista, em 1962, do seguinte feito – CONQUISTOU 120 HONRARIAS, entre taças, medalhas e premiações similares, um recorde jamais alcançado por nenhuma agremiação esportiva no mundo: 120 premiações em um só ano. Foi campeão em sequência em atletismo, basquete, vôlei, futebol em várias categorias, natação, esgrima, O DIABO.

Numa época em que o esporte aéreo (aeromodelismo) era praticado e era popular, ganhamos, naquele mágico 1962, um título que nenhum clube possui até hoje – campeão de terra, mar e ar em um só ano. O Comitê Olímpico Internacional entregou uma flâmula comemorativa do feito ao clube.

Veio a copa de 1970 (a Copa das Copas) e tínhamos 8 atletas entre os 22 convocados.

Vieram com isto, da nossa parte, a acomodação, uma perigosíssima certeza de que os títulos eram tido como certos e o pior, a soberba. Da parte da periferia do futebol sobrava a inveja, o ódio e um juiz que, em 1971, no apito final, nos tirou o título do carioca para entregá-lo ao Fluminense. Juntadas todas as mazelas citadas acima, fomos à lona e por uma conjunção de fatores, até hoje tentamos nos reerguer, claro, sem nunca deixarmos de ser grandes. Não alcançamos ainda, neste 2015, o nosso lugar de volta no olimpo do futebol mas como gigante, temos, mesmo sem nenhum período de estabilidade maior que 1 ou 2 anos, um sulamericano, um brasileirão, uma Taça Tereza Herrera (vencemos a poderosa Juventus na final), mais um Rio-São Paulo, o quarto (vencemos o S. Paulo no primeiro jogo da final lá mesmo) e, ainda, detonado que foi pela inveja e pelo medo que têm de nós, um projeto de time de sonhos em 2007, que jogou por música e encantou o país.

A história não pode ser contada senão desta maneira. Quem não concordar que pesquise.

SOMOS TODOS JEFFERSON

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Leia aqui como o Botafogo mudou o rumo da história do esporte no Brasil (e do futebol no mundo).
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