Jogo em casa
Time acerta o passo no segundo tempo e dá show - Lancenet
Olá amigos.
Tivemos hoje dois jogos distintos...bem distintos: o do primeiro e o do segundo tempo.
Os analistas que ouvi no intervalo do jogo, enquanto esticava as pernas lá no setor norte (muito bom ver o jogo ali, mormente pelo preço do card), só falaram o óbvio, ou seja, que o grande, o maior problema daquele primeiro tempo atendia pelo engraçadíssimo (para um atleta de futebol) nome de Pedro Rosa. Pois foi só o Sr. Flor sair na segunda etapa para que o nosso jardim, enfim, desse todas as flores com que sonhamos ao receber o lanterna do campeonato, ou seja, os gols. Não a chuva que um time coeso do início ao fim do jogo poderia nos propiciar mas ainda assim, um belo 3x0
De cara, víamos que sem o motor William Arão e com a barração do Elvis, mais a volta do ainda lento Daniel Carvalho, o time ficava torto, mais lento, sem o pensamento aliado à bola rápida na ligação do meio com o ataque, sem desmerecer o bom toque de bola do Daniel. Mas não demorou muito para que até as criancinhas que ali estavam com seus pais começassem a reclamar daquele frouxo lateral esquerdo, com xingamentos e vaias. O cara até tem um bom futebol, mas a sua iniciativa para assumir o papel que lhe cabe em campo não é capaz de fazê-lo um atleta de time grande. O tamanho da sua personalidade é a do Volta Redonda, é um jogador limitado à responsabilidade de jogos de um time daquele porte.
E só mesmo quando o bom mas burocrático Pimpão inverteu com o Lulinha, indo para a direita para ‘dialogar’ com o hoje exuberante Gilberto, é que vimos a bola da nossa esquerda vingar. Ante as enceradas do Rosa, Lulinha assumiu a jogada de ponta rápido até receber aquele belo lançamento do Daniel Carvalho e cruzar nos pés do Pimpão. Foi o 1x0 que precisávamos para que a torcida não vaiasse o time na saída para o intervalo.
E como Renê Simões não é bobo e nem cego, voltou com o cada vez mais em forma Luis Ricardo. A mudança, como todos podem ter visto pela TV, mas que no estádio ficou estarrecedora de tão radical, foi imediata. Não é nem dizer que Luis fez tudo o que o Rosa deixou de fazer: é que o Luis entrou como se fosse o Gilberto da esquerda (olho nele galera!). Driblador, inteligente, forte, acertou praticamente tudo. E as criancinhas no estádio, aquelas mesmas que viam que o Rosa não era de nada, ficaram felizes ao ver que o nosso lado esquerdo tinha vida outra vez. Ele entra na área saindo ali da ponta esquerda com a desenvoltura dos bons, driblando com confiança e encarando zagueiro como se fosse atacante. Belo jogador.
Falei, falei mas acho que não preciso mais tocar no assunto de táticas e jogadas, porque o mote principal deste jogo foi mesmo esta mudança de jogadores. O insípido e inodoro Tomas ainda substituiu o cansado Daniel Carvalho, mas a tranqüilidade que passamos a ter com a retomada da esquerda e, finalmente, o domínio completo das ações pelos dois lados do campo nos propiciaram aqueles dois gols relâmpago na segunda etapa, com Bill e Lulinha e a partir daí, foi só festa. Não é exagero, mesmo sendo este adversário um time bem fraco, dizer que o futebol que passamos então a apresentar não deixou a dever em nada ao dos bons times da série A.
Próxima parada: Itápolis...terça-feira..9/06, no fatítico horário de 21:50
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