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27 de mar. de 2012

AS DIVISÕES DE BASE


Uma grande caixa preta

Olá meus caros amigos. Sei que o título já assusta mas infelizmente, é isto mesmo que se deve ter em mente quando vem a indagação sempre corrente de ‘o que é feito com tanto garoto bom de bola da base’? 

Sim ilustres alvinegros. O que é feito com os jogadores melhores (muito melhores) do que os bons que sobem para o time principal? Alguém sabe? Alguém pode dizer porquê estamos tão organizados hoje mas não conseguimos trazer mais um Josimar que jogue ao lado de um outro Alemão e ainda encontre um Mendonça no time? 

Ou então, porquê o Vasco não consegue mais fazer subirem Pedrinhos, Felipes e Juninhos que lá em cima vão substituir Romário, Dinamite e Mazinho? E o Flamengo, um time que após a nossa derrocada passou a ser o grande criador de talentos, e que substituía Zico, Leandro e Adílio por Mozer, Jorginho e Aldair, que eram substituídos por Juan, Leonardo e Bebeto? 

Alguém sabe dizer porquê hoje sobem apenas aqueles bons de bola, ou seja, aqueles que ao menor sinal de descuido no time principal somem e seu futebol é logo misturado a uma insegurança e a um despreparo para segurar a onda quando a coisa pega? Fato este que é perfeitamente superado quando o talento chega ao nível do de um Neymar, um Ganso ou um Lucas (o do São Paulo)? 

Será que o país parou de produzir craques mesmo, ou será que algo de podre ocorre nos porões da base, estas informações são sempre abafadas e o grande público do futebol jamais chega a saber aonde aqueles talentos raros foram parar? 


Bom, chega de suspense não é mesmo? Num recente programa esportivo (me permitam não citar a fonte da informação mesmo ela tendo sido pública), falava-se justamente destas contratações de jogadores que vêm do exterior mas ninguém ou quase ninguém mais lembra o time em que jogou aqui, de quem leva mais ou menos ao se repatriar tanto jogador mediano, de contratarmos técnicos não tão mágicos assim mas que levam salários de 700 mil reais e que sempre carregam consigo tais jogadores e aí, quando um dos jornalistas perguntou aonde estavam os meninos da base, um terceiro, meio que querendo falar e querendo abafar o caso mandou na latinha (o microfone)... “aaaahhhh! Mas ali na base ninguém mexe!... Quero ver quem é que vai assumir um clube e mexer naquele vespeiro da base!.... Duvido!... O dia em que alguém assumir a direção de um clube e quiser mexer na base, cai do cargo no dia seguinte.... colocam rapidinho para correr!”. 


Ainda veio a nada singela explicação de como se dá o sumiço dos candidatos a craques: surge um garoto bem dotado futebolisticamente nas categorias mirins, abre-se no clube a porta para um cara que antigamente era conhecido como empresário e o sujeito manda 30 mil dólares na mão de um pai que jamais veria tanto dinheiro na vida (normalmente, 80% destes jovens vêm de áreas bem carentes). Com isto, o filho já deixa de ter vínculo (qualquer vínculo) com o clube. Claro que se ninguém no clube pode “mexer com este vespeiro”, alguém lá dentro deve também levar a sua parte e deve ser muuuuiiiiito dinheiro. É evidente e cristalino que, aqueles garotos que vemos em torneios de bairros e que fazem misérias com a bola não deixaram de existir de uma hora para outra. Basta se passar em frente a uma quadra quando os turnos de aulas nas escolas acabam para que confirmemos este fato: crianças que driblam galalaus bem maiores do que elas como se estivessem andando pela calçada e desviando de um simples obstáculo, magia pura com a bola nos pés. Escolinhas de futebol também proliferam e hoje as temos em muito maior número do que as que existiam há umas 3 décadas. 

Bom meus amigos. O fato parece ser este mesmo. O debate está aberto e só posso dizer que, infelizmente, não tive como me calar ante o conhecimento de algo que desconfiávamos ser esquisito mas que, só mesmo com detalhes como estes, pudemos ver o quão tenebroso é de verdade. Isto foi falado, repito, num programa esportivo e apesar de sermos um blog “familiar”, se alguém ler e aparecer para comentar contestando, podem acreditar que estou falando a verdade. 


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Leia aqui como o Botafogo mudou o rumo da história do esporte no Brasil (e do futebol no mundo).
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